Esse ar artificial que toma conta das paredes, toda essa poluição visual que inunda as ruas, todas as musas que eu sorvo, os dados viciados que tenho na mesa; são apenas um mero resumo do caos. O caos que eu sempre desejei. Nunca me deixei levar pelo fracasso, pois este eu não conheço muito bem. E por mil noites me mantive fiel a ele, meu pai, selando minha promessa com o último fio de devoção que me restava. Mas agora, adeus. Consigo sentir o vento no rosto e o veneno acre na garganta. Agora sim, porei em prática tudo o que me fora ensinado. O berço de ouro e o mestre de lama serviram-me para algo. Eu dito as regras agora.
▪ "De tudo, ao meu amor serei atento" Não, sem toda essa falsidade de vassalos e suseranos passionais. De nada ao meu amor serei atento, pois o amor já fora morto e o indivíduo merecedor da minha atenção sou - unicamente - eu. Talvez eu seja tão mais insano do que os outros loucos, ao esperar por algo que somente a morte me dará...
[ Stuart Wolf. ]