Cedi-lhe a vassalagem dos prazeres; teus anseios eram deveres e tua única matrona era eu.
Neguei-lhe o beijo de despedida e por esta porta vil tu fostes e não regressastes.
A vida oculta, tão perdida. As palavras não ouvidas e a saliva de fel.
Neguei-lhe a permissão dos meus desejos. O doce dos meus dedos, a boca de rubi.
Tomei-lhe o estupor do pecado, que com agrado tranquei em um baú e por lá ficou.
Suguei-lhe a tarde de outono, o alvorecer dos anjos por simples vontade. Tirania e lealdade.
Momento de ócio - 05/05/09
Matei-lhe com um grito mudo, morri por teus chamados mil vezes surdos. Cedi-lhe à solidão.
ResponderExcluir[...] Completa-me?